Rádetonando: "Meu diário!"

Rádetonando: "Meu diário!"

"Meu diário!"

Meu diário!

Aqui estamos mais uma vez, só eu e você. Ninguém neste mundo sabe sobre os segredos que guardamos em páginas arrancadas. Não é por desconfianças que tenho compartilhado minha vida, apenas contigo, mas porque até hoje não encontrei a imparcialidade naqueles que se dizem, amigos.

Me recebes sempre pronto a não interferir em meus pensamentos. Te abres para que eu possa entrar e criar os labirintos de meus sentimentos, que vão mudando e me orientando conforme os acontecimentos que se passam à minha volta. Sigo em frente abrindo, relatando e, continuo escrevendo.

Marco cada passo para que não sejam repetidos, de forma a preservar o encontro com as saídas dos problemas que tenho.

O mundo está carregado de indiferenças que poderiam me abraçar em minhas angustiosas carências. Poderia dar-te um nome: Meu Confidente. Tu és guardião das dores do abandono. Muitas vezes te maltrato com as lágrimas que derramo sobre os espaços que me reservas, para que eu escreva sobre tuas linhas os resultados de minhas esperanças. São muitas páginas que contam meus silêncios. Tenho visto o tempo passar e, tuas folhas e minha pele, envelhecem. Desculpas não apontam para onde devo ir. Delas, grande parte do conteúdo que absorves, mostra o mundo em que vivo, e tu, o amigo que tenho.

Incêndios criminosos em ônibus, Brasil/Santa Catarina.

Fui até o centro nesta noite de quinta-feira, 09/10/2.014 e vi que os ônibus estão funcionando "normalmente". Ontem, sem aviso algum, simplesmente as 22h não havia mais transporte circulando. 

Espero que amanhã, sexta-feira, os serviços estejam em ordem. Precisamos com urgência de uma Legislação Penal que coíba terminantemente a contínua proliferação desse massacre imposto à toda sociedade brasileira. Não podemos nos acostumar com esta horrenda realidade que convivemos. O número de mortes por armas de fogo no Brasil, permeiam a casa dos 36,7 mil pessoas por ano. Isso, porque foi instalada a campanha do desarmamento. Algo precisa ser feito. Estamos em uma fila de probabilidades estatísticas assustadoras. Somando as patologias circulatórias com homicídios e trânsito, não nos resta muito tempo de vida. 

Sem exagero algum, estamos em um corredor da morte. Condenados pelo desgoverno absoluto de uma nação que poderia dar muito de sí, para ao menos merecer o mínimo de respeitos pela comunidade internacional. Não é a toa que alguns nos consideram, selvagens. O pior é que os cartões postais do Brasil, hoje são campos de guerras sem qualquer respeito às convenções estabelecidas para países que as vivem literalmente. Sem freios, é assim que estamos, ladeira abaixo. "Matar ou, morrer", seria uma condição ao menos mais digna dentro de uma escala de opções à uma sociedade condicionada apenas à morte, neste imenso matadouro. Sorte para nós! Claro que, aumentando as possibilidades de sobrevivências, através da restrição de muitas liberdades que deveríamos ter. 
Quer sorte? 
Tranque-se em casa equipada; Blinde seu veículo; Não mantenha rotinas; Não vá ao caixa eletrônico ou qualquer outra fonte de aproximações onde haja dinheiro; Não adquira nenhum objeto de desejos, mesmo que por merecimentos dos esforços de trabalhos. Prive-se de seus direitos e cumpra com seus deveres e obrigações. Esta é, a lei brasileira em relação a segurança pública. Que Deus nos proteja!