Viver longe
de aventuras, o mesmo que desejar um passeio em meio às montanhas sem querer
contemplar. Sentir vontades e sufocá-las numa nuvem de escuridão. Fugir do calor do sol em dias de
inverno. Engolir o alimento sem mastigação. Nada ser, em nada pensar. Vivo
morto estar, morar no inferno. Não querer perceber. Ao olhar, cegar.
Enfraquecer o apaixonar. Perder, deixar o amar na solidão. Se entregar;
abandonar o coração.
Enterrei
tantos tesouros no passado que hoje não lembraria onde, nem por que. Sei
apenas, que fiz. É provável que as ferramentas que usei, foram as mesmas que me
ajudaram a continuar enterrando outros tantos. Mesmo o mapa de suas
localizações, perdido. Acreditava em uma vida vigorosa, indestrutível
suficiente para sustentar muitas outras conquistas. Sem contar passos, sem
olhar pra trás. Um andar decidido, muito distante de qualquer pensar.
Acreditava ser perseguido pela sorte. Mal sabia eu, quem me procurava, era a
morte; trazia consigo, um baú com todas as riquezas que abandonei.
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